Holding familiar: quando vale a pena criar?

Nos últimos anos, muito se fala sobre a criação de holding familiar como estratégia de proteção patrimonial e sucessão planejada.

Mas será mesmo que essa é uma solução que previne problemas e garante segurança jurídica para a família?

É o que vamos entender a seguir.

O que é uma Holding familiar?

A holding familiar é uma empresa criada para concentrar e administrar o patrimônio de uma ou mais pessoas da mesma família.

Ela permite que imóveis, veículos, participações em empresas e investimentos sejam transferidos para o nome da pessoa jurídica, e os familiares passem a ser sócios dessa empresa, cada um com cotas que representam a sua parte no patrimônio.

Na prática, a holding funciona como uma forma de profissionalizar a gestão dos bens da família, mantendo o controle e a organização sobre o que foi construído ao longo dos anos.

Quais são as vantagens da holding familiar?

A criação de uma holding traz diversos benefícios, especialmente quando o objetivo é proteger, administrar e transmitir o patrimônio com eficiência.

Entre as principais vantagens, estão:

 Economia tributária

Dependendo da estrutura, é possível reduzir a carga tributária sobre aluguéis, lucros distribuídos e até mesmo sobre a transmissão de bens em vida, diminuindo os custos do inventário futuro.

Organização e planejamento financeiro

Concentrar os bens em uma única estrutura facilita o controle, a gestão e a tomada de decisões. Além disso, permite uma visão clara do patrimônio familiar e o alinhamento entre os herdeiros.

Planejamento sucessório

Por meio da holding, é possível dividir cotas entre os herdeiros ainda em vida, evitando inventários longos e desgastantes, além de reduzir conflitos familiares e garantir que a sucessão ocorra conforme a vontade dos patriarcas.

 Proteção patrimonial

Os bens passam a estar em nome da pessoa jurídica, o que dificulta bloqueios diretos em situações de litígio pessoal dos sócios, resguardando o patrimônio familiar.

Quando vale a pena criar uma holding familiar?

A holding é especialmente recomendada quando há um patrimônio expressivo  normalmente acima de R$ 1 milhão, composto por bens imóveis, empresas ou aplicações financeiras.

Ela também é indicada para famílias que buscam antecipar o planejamento sucessório, evitando disputas e facilitando a transição entre gerações.

Por outro lado, quando o patrimônio ainda é pequeno ou a família não possui múltiplos bens, o custo e a burocracia de manter uma pessoa jurídica podem não compensar.

Por isso, a análise deve ser sempre individual e estratégica.

Exemplo prático: o caso de Henrique e Juliana

Henrique e Juliana são casados pelo regime da comunhão parcial de bens.

Eles possuem imóveis, investimentos, carros e participação em empresas — um patrimônio de aproximadamente R$ 3 milhões.

Além de José, filho em comum, Henrique tem dois filhos de um casamento anterior, Ana e Guilherme.

O casal desejava organizar o patrimônio e incluir todos os herdeiros de forma equilibrada, evitando futuros conflitos.

Com orientação jurídica, criaram a Holding Fernandes, transferindo os bens para a empresa e distribuindo as cotas entre os filhos.

Assim, conseguiram definir regras de administração e sucessão, garantir segurança patrimonial e reduzir custos tributários.

Conclusão

A holding familiar é uma ferramenta poderosa para quem busca organização, economia e proteção patrimonial, mas deve ser criada com planejamento e acompanhamento profissional.

Antes de tomar qualquer decisão, clique aqui para agendar um atendimento para avaliar se esse é o modelo ideal para o seu caso.

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